sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A ANTIGA ARTE DA VENTOSA


A ANTIGA ARTE DA VENTOSA


No século passado, a operação de inspirar copos de ventosas no corpo consistia em colocar sobre a pele uma campânula de vidro ou outras formas de inspiradores semelhantes aos copos de ventosas, após fabricar vácuo pela queima do ar no seu interior, Devendo aplica-las de pronto sobre a pele para gerar sucção no local. Este método chamado de “ventosa seca” era aplicado na pele nua, causando trauma subcutâneo e agindo como contra-irritante.



Outro método também comumente aplicado era chamado de “ventosa molhada”. Neste método, a pele era irritada por meio de um instrumento cortante, provocando uma leve sangria chamada de “escarificação”, imediatamente antes de a ventosa ser aplicada. Este método era considerado especial para se provocar sangria, sendo também reconhecido pelos antigos médicos como uma medida contra-irritante.



As medidas contra-irritantes provocam o deslocamento da dor e o efeito conhecido na medicina oriental como “alívio da superfície do corpo”, muito útil no combate das dores por espasmo musculares enrijecimentos musculares, reflexos causadores de falsas dores, nos rins e pulmões.



Não temos a idéia de quem fez uso da ventosa primeiro. Têm-se informações de seu uso desde o antigo Egito.



Ela também é mencionada nos escritos de Hipócrates, e praticamente pelo povo Grego no século IV a.C.. Foi provavelmente conhecida e utilizada também por outras antigas nações.

O antigo instrumento utilizado para fazer ventosa era a cabaça, conhecida naquela época como “Curubitula”, que em latim significa ventosa.



Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registros históricos que datam de centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos índios americanos que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, cerca de duas e meia polegadas de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo em seguida tamponado.



Os antigos curandeiros Medicine men, com poderosos músculos faciais e agilidade, conseguiam extrair com a boca, por sucção e logo cuspindo, o veneno injetado na circulação sanguínea por picada de cobra, aliviando a dor e câimbras do abdômen.







Ventosa com aparelho manual.





Ventosa de fogo.







Sucção da pele com ventosa.





Massagem com ventosa.







HIPÓCRATES E A VENTOSATERAPIA

Hipócrates também usava ambos os métodos de ventosa “seca” e “molhada” como principal tratamento nas desordens menstruais.



Ele prescrevia grandes ventosas de vidro a serem aplicadas nos seios de mulheres que sofriam de menorragia. Assim como nas “descargas amareladas vaginais”, pelo uso de ventosas durante um longo período de tempo em diferentes partes das coxas, na virilha e abaixo dos seios.



Hipócrates era cuidadoso na prevenção da anti-sepsia após a ventosa, e adverte com o seguinte conselho:



“Quando em aplicação de ventosa molhada, se o sangue continuar a fluir após o instrumento inspirador tiver sido removido, se o fluxo de sangue ou soro for copioso, os copos de ventosa precisam ser aplicados novamente até que da área tratada tenha se retirado o abstrato”.



De outra forma, o sangue vai coagular, retendo-se nas incisões, e úlceras inflamatórias podem se formar. Aconselha-se banhar estas partes em vinagre. O local não pode ficar umedecido. Nunca permitir que o paciente se deite sobre as escarificações, e estas devem ser tratadas com medicamentos para feridas inflamadas.



O uso de ventosas no Ocidente antigo era um elemento terapêutico corriqueiro e de grande valor panacéico. Pois na falta de outros elementos da ciência, a ventosaterapia era utilizada praticamente na cura de todas as doenças. Como um instrumento curativo mágico em sua essência, pelo contato íntimo com o interior do corpo através do sangue. Ela era respeitada também pela sua atuação no elemento energético gerado pela respiração. Teoria que se assemelhava aos conceitos da medicina Oriental.



Celsus também descreve aplicações de ventosas no primeiro século d.C., citando que o edema subcutâneo produzido pela ventosa seca consiste parcialmente de “flatus” (gases) derivado da respiração.



Celsus adverte que a aplicação de ventosas é benéfica tanto para doenças crônicas como para agudas, incluindo ataques de febre, e particularmente nos estressados. Quando há perigo de fazer sangria, o recurso mais seguro é aplicar nesses pacientes ventosas secas.



Ele adverte sobre a ocorrência de edema nas ventosas, sejam secas ou molhadas. Descreve ventosa seca em vários lugares para tratar paralisia, ventosas nas têmporas e na região occipital em caso de dores de cabeça prolongadas.



O USO DAS SANGUESSUGAS

Na Europa, assim como na Ásia existiam vários métodos modificados de sangria e escarificação. Na Europa a “veneseção” ou sangria das veias era uma prática popular, enquanto na Ásia o sangramento das dilatações capilares (telangiectasias) na periferia da pele junto com ventosas era o método mais utilizado.



Entretanto, a escarificação e o sangramento por meio de “sanguessugas” ou através de emplastros feitos de pastas abrasivas com batata, gengibre, etc., eram usados no Oriente.



O emprego das sanguessugas teve sua origem na Grécia antiga. A sanguessuga (Hirudus medicinalis) é um verme aquático que foi usado durante séculos na medicina. A idéia corrente era que este verme extraía o sangue com “humores mórbidos” e, conseqüentemente, levava o paciente à cura. O nome deste verme é Hirudo (em latim) e há várias espécies na zoologia.



Os “humores mórbidos” seriam as toxinas e ou elementos deteriorados que se acumulam nos vasos sanguíneos e nos músculos enrijecidos, causando doenças.



O uso das sanguessugas como terapêutica foi comum na idade média no ocidente. Em Portugal na antiguidade, os “barbeiro-sangradores” eram geralmente, os técnicos encarregados de aplicar sanguessugas, por concessão de uma licença para praticar cedida pelo cirurgião-mor.



Naquela época, em Lisboa, foram publicados vários livros sobre o assunto, e os salões de barbear eram o local de venda das sanguessugas.



Poucos conseguiam entender, e por isso o seu uso se tornou abusivo. Em 1833, a França, além de consumir a sua produção de sanguessugas, teve que importar 40 milhões do império Russo, Turquia e Pérsia. O seu uso indiscriminado e irresponsável, ocasionando complicações graves, até a supressão da classe de barbeiros-cirurgiões, e com o desenvolvimento da química farmacêutica, teve o seu esquecimento total.



Atualmente, estamos resgatando o uso das ventosas, e já podemos ouvir notícias de que na Europa já estão sendo usadas, novamente, as sanguessugas nos processos de re-implante de membros mutilados, como braços, pés, dedos, orelhas e até mesmo, o pênis.



ONDE APLICAR AS VENTOSAS

O uso de ventosa no Oriente foi desenvolvido com base na acupuntura. Ela se fundamenta na crença de que a resistência contra a doença pode ser alcançada, induzindo o corpo a se curar pela aplicação de ventosas em pontos dos 14 meridianos ou em nódulos de reação positiva. Esta função reguladora é descrita no antigo Cânon de Medicina Oriental, o Nei Jing:



“A acupuntura tem a função de remover a obstrução dos meridianos, regulando o Ki e o sangue, tendo como resposta deste fato à harmonização da hipoatividade e da hiperatividae das funções do corpo”.



A ventosa tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas acumuladas causadas pela sujeira da água e dos alimentos. Pois a estagnação do sangue coagulado, escuro e sujo, nos músculos das costas ou nas articulações é considerado pelas terapias Orientais como um dos elementos causadores de doenças, sendo necessário retirá-lo para que o cliente possa se restabelecer.



A ventosa é usada para o alívio de dores musculares, melhorar o sistema circulatório e até mesmo, para redução de celulite e gordura localizada, como é o caso da DINÂMICA ESTÉTICA do terapeuta holístico e Acadêmico de Fisioterapia Rodolfo Correa Lima. “Conseguimos redução de 3 a 10 centímetros na medida da cintura, coxas e braços. Ativamos a circulação sanguínea e linfática, reduzindo a retenção de líquidos no organismo feminino. A ventosa associada com a massoterapia tem conseguido resultados impressionantes para redução da gordura localizada e, principalmente, das celulites”.



A aplicação de ventosas no corpo, além de facilitar as trocas gasosas e regular o pH sanguíneo e trazer um efeito reflexo quando aplicada em pontos de acupuntura, se usada para massagear usando um meio lubrificante (óleos aromáticos), produz o “efeito massagem”.



Na estagnação da circulação sanguínea pode se formar um quadro álgico com acompanhamento de manifestações na pele e músculo, como dilatações capilares (telangiectasias), infiltrações subcutâneas, formação de cordões enrijecidos e nódulos, assim como alterações térmicas locais.



MASSAGEM COM VENTOSAS

O que é massagem?



São certas manipulações de tecidos moles do corpo; estas manipulações são manobras aplicadas com as mãos, muito efetivas, administradas com o propósito de produzir efeitos no sistema nervoso, muscular, na circulação local e geral do sangue e da linfa.



A massagem foi primeiro descrita em 2698 a.C. por Huang-ti na China. Hipócrates foi o primeiro a usar a massagem em direção centrípeta, provavelmente baseada na observação clínica, antes da circulação sanguínea ser descorberta por Harvey 2.000 anos após. Os gregos e romanos continuaram a praticar a massagem até a queda do Império Romano.



A arte da massagem foi praticamente perdida durante a idade média, mas reviveu no século XVI através do médico francês Ambroise Paré; no século XIX, Mettzer na Holanda e Ling na Suécia ajudaram a formular um sistema científico de massagem. A 1ª e a 2ª Guerra mundial foram parcialmente responsáveis pelo aumento do uso da massagem nos Estados Unidos.



Atualmente, a massagem é usada em tratamentos para várias situações, sendo considerada um tratamento popular. Não restam dúvidas que o uso do toque humano traz um extraordinário benefício, tanto físico como psíquico e pode ser usado não apenas para tratar doença, mas para a manutenção do bem-estar.



Os seus efeitos são: remover a pele ressecada pela abertura dos poros e pelo suor. Mecanicamente, aumenta o fluxo de sangue e da linfa, reduzindo o edema. Mantém a flexibilidade dos músculos, retira as adesões e as fibrosites e mobiliza as secreções dos pulmões.



A aplicação de ventosas no corpo, além de facilitar as trocas gasosas e regular o Ph sanguíneo e trazer um efeito reflexo quando aplicada nos pontos de acupuntura, se usada para massagear usando um meio lubrificante, produz o “efeito massagem”.



Na estagnação da circulação sanguínea pode se formar um quadro álgico com acompanhamento de manifestações na pele e músculos, como dilatações capilares (telangiectasias), infiltrações subcutâneas, formações de cordões enrijecidos e nódulos, assim como alterações térmicas locais.



Para descongestionar os bloqueios de energia, devemos ativar a circulação sanguínea, aplicando a massagem com ventosas.



OS TIPOS DE VENTOSAS UTILIZADAS

Ventosas coreanas inquebráveis

Fabricadas em plástico transparente em dois modelos diferentes, com válvulas embutidas, para serem aplicadas por compressor manual, em seis tamanhos:

1. 2,0 cm de diâmetro por 4,0 cm de altura;

2. 2,5 cm de diâmetro por 4,5 cm de altura;

3. 4,5 cm de diâmetro por 5,0 cm de altura;

4. 5,0 cm de diâmetro por 6,0 cm de altura;

5. 6,0 cm de diâmetro por 7,0 cm de altura;

6. 6,5 cm de diâmetro por 8,0 cm de altura.



Ventosas chinesas de vidro

São fabricadas em vidro comum de 0,5 cm de espessura, ou em vidro tipo “pirex” de 3mm de espessura com resistência térmica, para serem usadas com fogo, em três tamanhos:

a) 8,0 cm de diâmetro por 4,3 cm de altura;

b) 7,0 cm de diâmetro por 3,5 cm de altura;

c) 6,0 cm de diâmetro por 2,5 cm de altura;



COMO APLICAR VENTOSA DE FOGO

Providenciar várias bolinhas de algodão (de acordo com o tamanho da bolinha, é que teremos mais ou menos pressão de sucção da pele. Ou seja, quanto maior a bolinha, mais pressão);

Embebede a bolinha com álcool;

Estando a ventosa segura com uma das mãos, coloque a bolinha em seu interior;

Com um palito de fósforo “longo”, coloque fogo na bolinha e aplique imediatamente a ventosa no local desejado da pele do cliente.

Esta operação deve ser feita a 20 cm aproximadamente do local que se vai aplicar a ventosa. Se a distância for muito grande entre a ventosa e a pele, o ar será aspirado no meio do caminho da aplicação, ficando o vácuo fraco, não resultando em boa qualidade de tratamento pela fraca sucção, podendo a ventosa se soltar e cair. Devemos, portanto, treinar até alcançar a velocidade e exatidões necessárias.



OBSERVAÇÕES

Para aplicar ventosas onde ocorrem pêlos na pele, aconselha-se aumentar a quantidade de óleo aromático, para o melhor deslize da ventosa;

Para retirá-la da pele, basta exercer pressão com o dedo na pele ao lado da borda da ventosa para que o ar possa entrar, fazendo com que se solte;

Evite puxar a ventosa para retira-la quando em sucção na pele. Isso machuca o cliente.

O conhecimento básico da atuação da ventosaterapia deve ser considerado como um elemento que emprega apenas uma técnica particular como terapia, o uso da pressão negativa.

A divulgação desta antiga arte tem a sua devida importância entre as diversas terapias difundidas, guardando o seu uso terapêutico no caso de aplicações de ventosas sem o uso de sangria, que podem ser prejudiciais, quando aplicadas sem conhecimento ou treinamento.





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Rio, 31 de Março de 2002



As terapias orientais que aliviam as dores do dengue

A maior novidade no alívio das dores do dengue vem da China. É a técnica da ventosaterapia, que ativa a circulação através da manipulação de pequenos vasos ou copos de vidro (ventosas) aplicados na pele. Além das ventosas, outras terapias orientais, como o shiatsu e a tui-na, estão tornando os dias dos doentes um pouco menos insuportáveis.



Segundo especialistas, essas técnicas podem ser aplicadas em qualquer idade e não têm contra-indicações. Além de clínicas particulares, os postos municipais de saúde, no Rio, aplicam massagens orientais contra o dengue. O serviço já era oferecido a pacientes hipertensos, diabéticos e com dores crônicas. Agora foi descoberto por pacientes de dengue.



A professora de educação física Adriana Rodrigues Barbosa descobriu no shiatsu e na ventosaterapia o alívio para o dengue:



— Nos primeiros dias da doença, mal conseguia dormir porque a dor era horrível. Depois das sessões de shiatsu e de ventosaterapia, o alívio foi quase imediato — conta.



A jornalista Clarissa Martins teve que adiar uma viagem à França e só achou conforto com as massagens orientais.



— Meu corpo estava moído. As massagens e a ventosaterapia aliviaram as dores e melhoraram meu humor — diz.



Para o terapeuta Marcos Vinícius de Almeida Gomes, presidente da Associação de Filosofia e Cultura Oriental do Rio, a ventosaterapia ativa a circulação sangüínea, reduzindo as dores do dengue, contraturas musculares, dores cervicais e lombares, além de torcicolos, comuns em quem passa horas na cama com a virose.



Na ventosaterapia, o terapeuta aquece as ventosas a serem aplicadas nas áreas doloridas. No tratamento, aparecem marcas avermelhadas, devido à pressão do vidro na pele. Mas as marcas somem naturalmente em dois dias. Nas clínicas, as sessões custam R$ 50.



— A pressão feita pelo terapeuta, em movimentos verticais e circulares, ativa a circulação, diminuindo as dores do corpo.



Cada sessão de ventosaterapia dura cerca de 40 minutos e pode se associada à tui-na e ao shiatsu. Não há contra-indicações — diz Marcos.



A tui-na estimula a circulação sangüínea, aumenta a elasticidade da pele e melhora a drenagem venosa e linfática. Esse tipo de massagem relaxa e reforça o tônus muscular, além de estimular a produção de endorfinas, analgésicos naturais do organismo.



— A tui-na, baseada nos mesmos pontos do shiatsu, é indicada para aliviar dores musculares, má circulação e problemas de coluna, além da insônia e do estresse. Em pacientes com dengue, ela é aplicada com um óleo antiinflamatório chinês — diz Marcos.



Com a epidemia, a procura aumentou, mas o número de terapeutas (25) é insuficiente. A médica Cristina Barros, gerente do programa de medicina alternativa da Secretaria municipal de Saúde, diz que as técnicas orientais são uma opção para alívio das dores:



— As terapias não têm contra-indicações, mas a doença deve ser acompanhada com atenção.



OS PRÓS E OS CONTRAS

DORES: Segundo médicos e terapeutas, as técnicas orientais podem ser aplicadas em qualquer idade. Cada sessão de ventosaterapia dura cerca de 40 minutos e pode ser associada às massagens de tui-na e ao shiatsu para o alívio das dores.

MANCHAS: No tratamento de ventosaterapia aparecem algumas marcas avermelhadas, devido à pressão do vidro na pele. Mas essas manchas desaparecem naturalmente em dois dias.

ALÍVIO: Massagens como a tui na e o shiatsu relaxam e reforçam o tônus muscular, além de estimular a produção de endorfinas, analgésicos naturais produzidos no organismo, aliviando a dor causada pela doença.

CONTRA-INDICAÇÕES: Não há contra-indicação para casos de dengue. As principais contra-indicações das massagens orientais são doenças contagiosas crônicas e agudas, doenças infecciosas, hemorragias, traumas, tumores malignos (não se massageia área de tumor), lesões abertas na pele e queimaduras solares. Mulheres grávidas devem consultar um médico antes de iniciar o tratamento.

HUMOR: As massagens ajudam a melhorar o humor. Algumas pessoas com dengue ficam muito deprimidas.

Ventosaterapia


Ventosaterapia


(Ventosas de Bambu)







A Ventosaterapia é um tipo de terapia adoptado em diversas correntes da medicina tradicional que emprega ventosas. Esta forma de terapia é utilizada desde tempos remotos em quase todas as civilizações, como a europeia, oriental, africana e indígena.



Os índios usavam chifres e faziam a vácuo ao sugar o ar, os orientais costumavam empregar o bambu, e a Europa desenvolveu a ventosa como conhecemos hoje, empregando o vidro.

(Ventosas de Vidro e de Plástico)





Esta terapia consiste na aplicação de recipientes ocos (ver fotos acima) que provocam a sucção negativa do tecido.

A sua principal indicação é a de activar a função dos pontos de acupunctura.



1. Como resposta à sucção promove a presença na zona afectada de células defensivas.

4. Aumenta a circulação sanguínea.

5. Elimina estancamentos.

6. Activa a secreção de fluidos sinoviais pelo que relaxa as articulações

7. Elimina aderências.

8. Extrai a toxicidade do tecido.





(Aplicação das ventosas de vidro)



Utilizações

1.Ventosa Fixa

Ventosa simples: podem ser utilizados vários tipos de ventosas. O seu tamanho é proporcional à parte a ser tratada e a natureza da doença

Ventosa de sucção: o ar é retirado do interior da ventosa através de uma “bomba” de sucção.

Indicações: Dores por Humidade-Plenitude-Calor, dores articulares com derramamentos; Lombalgias e costas doloridas (Humidade); Cefaleias; Gastralgias crónicas; Dores abdominais por golpe de frio ou por ingestão; Dores abdominais nas crianças; Diarreia; Gripes; Constipações; Tosse; Asma; Peito e flancos dolorosos; Dismenorreia; Hipertensão Arterial

Precauções: O tempo de aplicação da ventosa é variável, deve-se retirar a ventosa quando a pele ficar violácea, sensivelmente de 3 a 10 min. Ter especial atenção à pressão no interior da ventosa e na sua remoção para não provocar lesões na pele do paciente.



2 - Ventosa Móvel

As principais particularidades deste tipo de ventosa, são a mobilidade, uma área maior de acção. Para garantir a mobilidade da ventosa deve ser aplicado óleo ou creme de massagem, sobre a pele do paciente, de modo que a ventosa deslize facilmente, sem provocar lesões.

Deve-se levantar ligeiramente a ventosa, sem esta deixar de estar em contacto com o paciente, e mover lentamente a ventosa em movimentos lineares ao longo da área a tratar. O papel do pulso é fundamental neste movimento, para que este seja fluido e contínuo.

Ventosaterapia na Sangria


Ventosaterapia na Sangria







Sem tecnologia necessária para curar os males do corpo, os povos mais primitivos usavam recursos da natureza de forma terapêutica. Materiais como chifres de boi ou gomos de bambu foram usados como ventosas para forçar a saída do sangue impuro, uma forma de ativar a circulação.



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“Baseado no princípio oriental 'água parada apodrece’ foi criada a ventosaterapia. Ela parte do fundamento de que a resistência contra a doença pode ser alcançada, induzindo o corpo a se curar pela aplicação de ventosas em pontos dos 14 meridianos ou em nódulos de reação positiva”, explica Rodolfo Correa Lima, terapeuta holístico e professor do Cecth - Centro de Estudos do Corpo e Terapias Holísticas.



Segundo o terapeuta, a ventosa tem a propriedade de limpar o sangue com toxinas que se acumulam. A estagnação do sangue coagulado, escuro e sujo, nos músculos das costas ou nas articulações é considerada pelas terapias Orientais como um dos elementos causadores de doenças.



Dessa forma, ela apresenta ótimos resultados em tratamentos para dores musculares, lombalgias, dor abdominal, hipertensão arterial, cefaléia, problemas digestivos, ou mesmo para desintoxicar o organismo. A pressão feita pelo terapeuta, em movimentos verticais e circulares, ativa a circulação, diminuindo as dores do corpo.



Geralmente, a ventosaterapia é associada a outros métodos, entre eles, massoterapia e shiatsu, como uma forma alternativa e nunca pode ser substituída pelo tratamento médico. Rodolfo alerta que a aplicação é contra-indicada em casos de câncer, convulsões ou cólicas, alergias na pele ou inflamações ulceradas. E também em áreas onde o músculo é fino ou a pele não é plana por causa dos ângulos e depressões ósseas, além da região lombar em gestantes.



“As ventosas devem ser deixadas no local somente até haver congestão local, geralmente entre 5 e 15 minutos. Primeiro são usadas pequenas agulhas com pontas triangulares sob a pele. Depois de retiradas, elas são usadas para puxar o sangue”. Após a aplicação é comum aparecer uma marca púrpura na pele sugada, o que é normal. “Se a marca for muito profunda, as ventosas não devem ser colocadas outra vez neste local”, alerta.



Durante a sessão, realizada em média por uma hora, são usadas ventosas de vários diâmetros, conforme a região tratada. Para o rosto, por exemplo, sempre são as menores, e assim por diante. Entre as mais conhecidas os modelos coreanas feitos de plástico e os chinesas de vidro com resistência térmica, próprios para serem usadas com fogo.



Rodolfo explica que a ventosaterapia também é bastante eficiente em tratamentos estéticos, para celulite e gordura localizada. “Conseguimos redução de 03 a 10 centímetros na medida da cintura, coxas e braços. Ativamos a circulação sanguínea e linfática, reduzindo a retenção de líquidos no organismo feminino. A ventosa associada com a massoterapia tem conseguido resultados impressionantes para redução da gordura localizada e, principalmente, das celulites”, comenta.



O professor alerta que é importante buscar um profissional habilitado, sempre um terapeuta holístico. Justamente por ainda não haver uma lei específica que regulamente o trabalho deste profissional, ele indica buscar um terapeuta que tenha a certificação de qualificação técnica expedido pela escola onde realizou o curso.



Apesar de não ser obrigatória a filiação, existem várias organizações de auto-regulamentação, como o Sindicato dos Acupunturistas e Terapias Orientais do Estado de São Paulo (SATOSP). “Tanto o certificado quanto a carteirinha de filiação funcionam como um Selo de Qualidade, o que indica que o profissional se compromete com as normas estabelecidas. Outra informação importante é que o terapeuta não está habilitado para aplicar sangrias, somente médicos”.

Ventosa-Terapia


Terapia Alternativa


Ventosa



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A ventosa é como um copo, normalmente esférico. Provocava-se a sucção da pele para dentro dela queimando-se o ar interno, que diminui de volume, provocando a sucção. Dispomos de outras formas de promover a sucção, como uma pinça embebida com álcool ou uma vela, e até de equipamentos que provocam a sucção por meios mecânicos.



A pressão negativa facilita a eliminação de gases e toxinas (se colocarmos água dentro de uma ventosa, veremos as pequenas bolhas subindo), mas sua principal utilidade, desde a antigüidade, é a sua atuação sobre o sistema circulatório.



O uso da ventosa praticamente caiu em desuso com o desenvolvimento da farmacologia, sendo seu uso quase que restrito aos acupunturistas, em especial sobre o meridiano da Bexiga, canal de energia que detém os pontos de Assentimento ou "descarga" de energia. De acordo com os princípios da acupuntura, a sucção facilita a eliminação de energia espúria (negativa) do canal, com ação direta sobre as vísceras e suas funções.



Até o século passado, era utilizada como panacéia. Atualmente, a ventosa deslizante vem rapidamente ganhando terreno no campo fisioterapêutico e no campo das massagens e da estética, no trato de celulite.



Existem três usos possíveis para as ventosas: a seca, a molhada e a deslizante. E dois tipos podem ser encontrados com facilidade: a de vidro (vácuo por combustão) e a acrílico (vácuo mecânico).





A ventosa seca consiste na aplicação de um conjunto de ventosas sobre a região indicada para tratar o mal que se deseja combater. Costuma deixar marcas (hematomas), que podem ser vermelhas, marrons, roxas e até pretas, o que servirá de diagnóstico da qualidade do sangue. Como esses hematomas demoram alguns dias para desmanchar, as ventosas fixas são pouco procuradas pelo nosso povo, adepto de praia.



Na ventosa molhada, escareia-se a pele imediatamente antes da aplicação dela. Seja com o uso de martelinho apropriado, de agulha especial ou de equipamento específico, a escara promove a retirada de um pouco de sangue (assim, ficará molhada). Seu uso, atualmente, é ainda mais restrito.



Convém comentar que a ventosa sempre acompanhava as sangrias porque, após estas, é necessário cauterizar, no intuito de se evitar uma infecção. Na cauterização, a irritação pode promover a saída de mais sangue ou linfa, o que facilitaria a infecção. A ventosa extrai sangue e linfa do local a cauterizar, diminuindo essa possibilidade.



A ventosa deslizante evita o hematoma ao mesmo tempo em que colhe os benefícios da técnica. Por isto tem encontrado grande utilidade entre os fisioterapeutas e massagistas. Quase não se tem registro dessa prática no passado, mas ela vem rapidamente ganhando terreno nas alternativas.



Autores não concordam entre si quanto ao assunto qual povo foi o primeiro a utilizar a ventosa. Sua prática era comum pelo povo grego no séc. IV a.C., sendo mencionada nos escritos de Hipócrates, mas têm-se registro de seu uso no antigo Egito e pelos índios americanos. Alguns autores relatam que estes utilizavam chifres de búfalos e provocavam o vácuo por sucção oral no trato de mordedura de cobra e picada de insetos e escorpiões. Há quem diga que eram utilizadas na China antiga, também de chifres de búfalos e tamponadas com cera de abelha, mas um biólogo já me corrigiu dizendo que isto seria impossível porque na China antiga não haviam búfalos, que têm os chifres ocos, e sim caprinos, todos com chifres compactos. Outra correção me foi feita quanto ao uso das ventosas em mordedura de cobra e picadas: a mordida deixa o veneno no tecido, que pegará o caminho de retorno (linfático ou venoso), e não o arterial (que jorrará no corte que supostamente seria feito para a sucção com a ventosa e extração do veneno). O Instituto Vital Brazil, famoso pela produção de soro anti-ofídico, já emitiu diversos documentos, inclusive em campanhas escolares, orientando para não utilizarmos cortes em picadas e mordeduras: iriam agravar o quadro.



Os gregos mais antigos utilizavam uma cabaça, sendo que Hipócrates já se referia a grandes ventosas de vidro. Ele descreveu vários tratamentos à base de ventosas. Galeno (médico do séc. II da era cristã) descreve o uso de ventosas de chifres, de vidro e de latão, sendo a última, a mais utilizada, mas recomendava a de vidro para que os médicos iniciantes pudessem observar a quantidade de sangue extraída. De Hipócrates até o século passado, a ventosa participa praticamente de todos os escritos médicos, ora como ferramenta de apoio à sangria (ventosa molhada), ora como opção à ela (em alguns casos, recomendava-se a ventosa seca). Há relatos de indicação das ventosas, secas ou molhadas, para praticamente todos os males, nas mais variadas partes do corpo e para quase todas as idades. As outras opções terapêuticas médicas correntes eram a sangria, a hidroterapia e as sanguessugas, sendo que estas são consideradas substitutas das ventosas molhadas. O uso desses vermes aquáticos (há várias espécies) iniciou na Grécia antiga. Acreditava-se que elas extraíam o sangue com os "humores mórbidos", promovendo a cura, sendo seu uso comum na Idade Média. Chegaram a ser criadas em fazendas especializadas. A França, por exemplo, após esgotar a produção nacional, importou 40 milhões desses vermes em 1833, que eram aplicadas por barbeiros-cirurgiões (as barbearias eram o local de venda das sanguessugas e os barbeiros recebiam uma licença especial para aplicá-las).



Para Ilkay Chirali, a ventosaterapia é utilizada na China há centenas de anos, inicialmente feita de chifre de gado (coerente, pois há centenas de anos que para lá foi enviado gado). Para Antônio Cunha, a ventosaterapia ocidental européia obteve o seu sucesso terapêutico no oriente através do Japão, há 30 anos aproximadamente... divulgada pelo Dr Kuroiwa.



Os principais usos da ventosa são:



Tensão muscular, como dores nos joelhos, nas costas etc. A ventosa promove a passagem do sangue da corrente sanguínea para a corrente periférica, na pele e, a seguir, o derrama sobre o músculo, relaxando-o. Muitas vezes, a tensão é tão grande que a massagem na área fica dificultada. A ventosa facilita o trabalho do massagista ou fisioterapêuta.

Hipertensão arterial. O hipertenso costuma ter a musculatura cervical e o trapézio muito tenso. A ventosa, aplicada na região, relaxa a musculatura ao mesmo tempo em que diminui a pressão sangüínea.

Problemas respiratórios. Nos casos de bronquite, enfisema ou mesmo de uma simples falta de ar, geralmente podemos perceber que o diafragma (músculo entre o tórax e abdômen, responsável pela utilização dos lobos inferiores do pulmão) está quase ou sem nenhum movimento. Com ele contraído, os lobos inferiores do pulmão não se movimentam como deveriam, promovendo a proliferação de vírus nos lobos inferiores do pulmão, fato responsável pelos sintomas na maioria dos problemas respiratórios. A ventosa, aplicada sobre os músculos responsáveis pela respiração, facilita-a.

Alergias e intoxicação. Talvez essa seja a melhor indicação da ventosa, apesar de esse público quase não a procurar. Com a sucção, o aumento da corrente periférica promove maior nutrição das células, desintoxicando-as. Além disso, a ventosa facilita a limpeza das glândulas sudoríporas e sebáceas, além de aumentar a drenagem linfática e a circulação venosa.

Cicatrizes cirúrgicas. A expansão da pele facilita o descolamento de neurônios aderidos.

Celulite. A pressão negativa facilita uma melhor distribuição da celulite, melhorando a aparência. Nestes casos, é necessário começar com as ventosas menores e abusar da cânfora no creme ou óleo de massagem.

Furunculose. A ventosa pode ser utilizada como coadjuvante no tratamento de pústulas e furúnculos.

Outra vantagem da ventosa, é que ela pode ser aplicada fora da região que se deseja afetar. Como a pele é considerada um órgão, relaxá-la numa área promove alterações em toda a pele, e, logo, em todo o organismo.



As ventosas também têm suas contra-indicações, como dermatites, psoríase, micoses, cortes e hematomas recentes, insuficiência cardíaca de hipertensão do fogo, quadros viróticos (em problemas pulmonares, ponderar as vantagens) e osteoporose.